COMUNICAÇÃO
Empresas que negligenciam o bem estar falham com seus colaboradore
Com muitas pessoas sofrendo com problemas psicológicos, a saúde mental se tornou um assunto muito discutido no trabalho
A saúde mental se tornou um dos temas mais discutidos dentro e fora do trabalho. Afinal, estamos vivendo uma crise de bem-estar em que grande parte da população sofre com transtornos mentais e a maioria dos trabalhadores enxerga este pilar como um fator crucial para se manter em um emprego. Segundo o Panorama do bem-estar corporativo 2022, realizado pelo Gympass com mais de 9 mil profissionais, para 4 em cada 5 pessoas o bem-estar é um pilar tão importante quanto o salário.
Ainda segundo essa mesma pesquisa, no Brasil, 20% dos colaboradores classificam seu bem-estar como “poderia melhorar”, “ruim” ou “muito ruim”, o que significa que um em cada cinco funcionários não sente que tem bem-estar no trabalho. Avaliando esses dados me parece muito claro que investir em saúde mental e na qualidade de vida dos colaboradores é uma questão de obrigação das companhias que desejam promover um ambiente de trabalho saudável.
Mas se ter uma força de trabalho feliz e saudável não for motivo suficiente para investir nas pessoas, fique tranquilo pois o retorno em bem-estar também vai impactar diretamente os resultados destas companhias. Já foi comprovado em diversos estudos que funcionários mais felizes são mais produtivos, mais engajados e geram menos custos com saúde.
Segundo uma pesquisa do Brandon Hall Group, 89% das empresas que monitoraram as despesas com o bem-estar dos colaboradores notaram um claro retorno sobre o investimento, ilustrado pelo aumento do engajamento dos colaboradores, da satisfação dos clientes e da rentabilidade.
Para aqueles que já investem, mas estão na dúvida se estão conseguindo medir a eficácia dessas ações sugiro dois tipo de análise:
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Retorno sobre o investimento (ROI), que mensura resultados mais tangíveis (e provavelmente mais presentes na mente da liderança da empresa). Dois exemplos são a redução nos custos com assistência médica e também o número de faltas no trabalho.
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Valor sobre o investimento (VOI), que mensura resultados mais subjetivos (porém igualmente importantes para comprovar a eficácia de uma estratégia de bem-estar). Dois exemplos: maior retenção e satisfação dos colaboradores.
Com esses dados em mãos, os times de Pessoas poderão entender se os programas estão atendendo as necessidades dos colaboradores e gerando o retorno esperado e assim criar planos de ação para um futuro do trabalho em que a saúde mental seja uma prioridade.
*Renato Basso é vice-presidente de Pessoas do Gympass, maior plataforma de bem-estar corporativo do mundo.
Fonte: Site Exame.com